- Existência de um só Deus: único, omnipotente, omnisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma.
- Origem comum de todos os Seres: homens, animais, plantas e até minerais, que sendo emanações do Criador, estão destinados a passar pelo mesmo processo evolutivo.
- Imortalidade do Espírito: a verdadeira natureza do homem é espiritual e a experiência terrena representa apenas uma etapa temporária, destinada a proporcionar ao espírito a aprendizagem que ele necessita para a sua evolução.
- Reencarnação: o espírito necessita de várias experiências no mundo terreno. Através de vidas sucessivas, o espírito tem a possibilidade de experimentar diferentes formas de desenvolvimento, até atingir um estágio de pleno domínio de seus recursos.
- Esquecimento de vidas passadas: todo o conhecimento adquirido em vidas passadas está registado na nossa memória espiritual. Contudo, o cérebro físico não tem condições de recuperar essas lembranças de forma clara e definida, se bem que algumas delas cheguem à consciência sob a forma de intuições ou de pequenas regressões de memória.
- Karma: Lei de Acção e Reacção ou Lei do Retorno - todos os actos que praticamos provocam reacções que se manifestam sobre nós próprios, num efeito de retorno. Assim, o bem-estar ou sofrimento que nos acompanham na nossa vida são consequências de actos equilibrados ou desequilibrados praticados nesta ou em vidas passadas.
- Livre arbítrio: todo o Ser tem o direito de escolher livremente como pretende usar as suas capacidades e recursos. A liberdade é ilimitada. Em cada momento das nossas vidas lidamos com as consequências do que fizemos no passado (Karma) e definimos livremente o nosso futuro (livre arbítrio).
- Lei do Amor: todo o Universo é regido pela Lei do Amor, que apresenta duas facetas. Além de um conceito moral, presente na ideia de não fazermos aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, é também uma Lei da Natureza, na qual diferentes formas de energia tendem a atrair-se mutuamente e a complementar-se. Os princípios físico-químicos que unem as partículas para formar os átomos e a lei da gravidade explicam a harmonia do movimento dos planetas em torno do sol.
- Mediunidade: o homem tem possibilidade de comunicar com entidades que se encontram noutros planos de vida. Todos os homens têm essa capacidade em maior ou menor grau.
- Função do médium: difundir o conhecimento da realidade no mundo espiritual, auxiliar desinteressadamente o próximo, aliviando-lhe o sofrimento e ajudando-o a encontrar o equilíbrio físico, psicológico e moral através da compreensão da Lei do Amor. Nalguns casos, o médium é um espírito que se desequilibrou de forma acentuada em vidas anteriores e que tem a possibilidade de resgatar dívidas kármicas, através da mediunidade. Noutros casos, é um espírito com um grau de evolução que abraça alegre e espontaneamente a tarefa de servir de intermediário para outros planos de vida. Pode ser ainda um espírito portador de elevadíssimas qualidades, que encarna com a missão de ser portador de grandes verdades espirituais, com o objectivo de acelerar a evolução do planeta. É o caso dos grandes avatares que descem à Terra, como Buda, Krishna e Jesus Cristo.
- Comportamento moral do médium: não deve ser um indivíduo alienado da sua época. Deve desenvolver uma actividade produtiva e ajudar a comunidade em acções de solidariedade, igualdade, civismo, respeito pela natureza. O médium não está impedido de desenvolver actividades típicas a todos os seres humanos, como manter uma vida social, aproveitar possibilidades de lazer, utilizar a sua capacidade sexual, desde que o faça de forma consciente e equilibrada.
- Afinidades vibratórias: todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, são constituídos de energia (a matéria é energia condensada). Todas as formas de energia manifestam-se sob a forma de ondulações ou vibrações. Os nossos pensamentos também são energia. A nossa mente produz ondas vibratórias que têm uma frequência definida, e atraem ondas mentais de encarnados ou desencarnados que funcionam numa frequência semelhante. Esta atracção entre vibrações semelhantes chama-se afinidade vibratória.
- Planos espirituais: o mundo espiritual não é um só. Existe uma infinidade de planos vibratórios diferentes, para os quais são atraídos espíritos de acordo com a lei das afinidades. Expressões como Astral Superior, Baixo Astral ou Umbral servem para designar a diversidade de planos que correspondem a múltiplos níveis de evolução.
- Organização no mundo espiritual: tal como na sociedade humana, os espíritos organizam-se em função do nível de evolução, das tarefas que desenvolvem e das suas afinidades vibratórias. Os espíritos não estão soltos no tempo e espaço, têm funções definidas, trabalham em equipa, e amuam dentro de uma hierarquia. Por isso, ouvimos falar em Correntes Franciscanas, Falange dos Pretos Velhos, Linha de Ogum, Corrente dos Médicos no Espaço, entre outros.
- Multiplicidade dos mundos habitados: a vida inteligente não se restringe apenas ao nosso planeta nem às formas humanas que conhecemos. A afirmação de Cristo de que "há muitas moradas na casa de meu Pai" reflecte esta verdade. A Terra é considerada pelos espíritos como um planeta que abriga uma humanidade ainda pouco evoluída, sendo uma espécie de escola primária. Contudo, aproxima-se o momento em que a Terra deverá subir de nível, o que acontecerá à custa de algumas transformações violentas e necessárias.
- Necessidade de ritual: como elemento disciplinador e mágico.
- Respeito pelas demais religiões: todas as religiões constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a Deus.
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